Com apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG), foi realizada, nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/10) a 17ª edição do Congresso Internacional de Estudos Aduaneiros. O evento reuniu especialistas de comércio exterior, nas esferas pública e privada, para painéis e palestras na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Promovido pela Associação Brasileira de Estudos Aduaneiros (Abead), o evento contou com discussões técnicas e acadêmicas visando estimular a inserção de empresas mineiras no mercado exterior, além de tratar da conjuntura internacional e de novas oportunidades.
A edição deste ano apresentou o tema central “Novos Desafios para o Comércio Internacional”, assunto debatido pelos participantes, por meio de temáticas como as reformas legislativas e tributárias, sustentabilidade e aduanas verdes, entre outros.
Segundo o subsecretário de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas da Sede-MG, Daniel Medrado, a oportunidade de sediar o evento no estado é ideal para o comércio exterior mineiro.
“É um privilégio podermos recepcionar o congresso, visando criar um ambiente mais amistoso para o nosso comércio internacional e as nossas empresas mineiras, mostrando que Minas Gerais, sem dúvida alguma, é o melhor lugar para investir”, afirma o subsecretário da Sede-MG.
Também participam do evento, representantes da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG), da Receita Federal, de entidades que atuam no comércio exterior, além do presidente da Abead, Fernando Pieri.
Evento que potencializa o comércio exterior
O evento reuniu mais de 300 participantes e reforçou o compromisso de Minas em se consolidar como um polo de referência em debates estratégicos para o setor, fortalecendo o diálogo entre governo, setor privado, academia e especialistas internacionais.
No segundo dia de congresso, o subsecretário Daniel Medrado apresentou o painel “O comércio exterior de Minas Gerais”, onde discutiu o papel do estado nas relações comerciais internacionais e apresentou ações recentes do Governo de Minas.
Em setembro deste ano, o estado registrou o maior saldo positivo na balança comercial (US$ 2,1 bilhões) no país. Além disso, Minas foi o segundo principal exportador do Brasil, com US$ 3,8 bilhões somados nas exportações.
“O momento coincide com resultados muito expressivos da balança comercial de Minas Gerais no comércio exterior. Isso mostra o potencial do estado, e nada mais oportuno como o congresso da Abead para permitir mais crescimento para Minas e outros estados da federação”, afirma o presidente da Abead, Fernando Pieri.
Sobre a Abead
A Abead foi criada em 2009 para difundir o conhecimento sobre temas aduaneiros e comércio exterior no país, visando aproximar os entes públicos e privados que atuam com relações comerciais internacionais.
Minas Gerais somou US$ 33 bilhões em exportações de janeiro a setembro de 2025, com aumento de 3,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
No período, o estado foi responsável por 12,8% das vendas internacionais brasileiras, sendo o terceiro principal exportador nacional. Além desse destaque, no acumulado de 2025, o saldo da balança comercial registra um superávit de US$ 19,3 bilhões.
Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas registrou US$ 13,7 bilhões em importações até setembro, com crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2024. O valor coloca o estado como o quinto principal importador no Brasil.
No fluxo comercial, Minas registrou US$ 46,7 bilhões no acumulado do ano. O resultado é 5,7% superior ao observado no mesmo período de 2024.
“Minas Gerais acumula números cada vez maiores ao longo do ano no comércio exterior. O crescimento das exportações demonstra que as ações do Governo de Minas vêm ampliando mais mercados e fortalecendo a presença das empresas mineiras no cenário internacional”, destaca a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
Café, ouro e veículos lideram crescimento das vendas externas
O café foi o maior destaque do período, com aumento de US$ 2,5 bilhões nas exportações, alta de 48% frente aos nove primeiros meses do ano anterior. O ouro foi outro produto que apresentou crescimento de US$ 991,2 milhões (81,1%). ferro-ligas também obtiveram um incremento de US$ 211,4 milhões (13,1%).
Além do desempenho das mercadorias, as parcerias comerciais também estão crescendo neste ano. Até setembro, Minas exportou para dez países a mais que no mesmo período do ano anterior.
Ainda, houve aumento no montante exportado para cem mercados, entre os quais o Canadá liderou o crescimento, com alta de US$ 515,6 milhões (67,8%). Na sequência estiveram a Argentina (US$ 457,5 milhões ou 41,9%); o Reino Unido (US$ 412,8 milhões ou 93,7%); os Estados Unidos (US$ 255,2 milhões ou 81%); e a Alemanha (US$ 224,6 milhões ou 21,2%).
Segundo maior exportador em setembro
No nono mês de 2025, Minas Gerais foi o segundo principal exportador do Brasil, com US$ 3,8 bilhões somados nas exportações, o que representa crescimento de 6,5% frente ao mesmo período do ano anterior. A posição de destaque só não foi maior que o superávit no mês. Em setembro, Minas foi o estado com o maior saldo positivo na balança comercial (US$ 2,1 bilhões).
Nova Lima e Varginha foram as cidades mineiras que lideraram nas exportações em setembro, sendo responsáveis por 6,7% das vendas internacionais, seguidas por Araxá (6,4%); Paracatu (5,1%) e Guaxupé (4,5%).
As principais mercadorias vendidas por Minas durante o nono mês de 2025 foram: minérios de ferro e seus concentrados (27,8%); café (23%); ouro (7,9%); ferro-ligas (6%) e açúcares (4,8%). O estado também foi destaque nas vendas de ferro fundido bruto e ferro spiegel (US$ 66,4 milhões); silícios não definidos (US$ 19,7 milhões); carboneto de silício (US$ 2,9 milhões) e medicamentos contendo insulina (US$ 2,5 milhões).
Principais produtos adquiridos
Em setembro, as importações somaram US$ 1,7 bilhão, com alta de 3,3% frente ao mesmo mês de 2024. Entre as principais mercadorias adquiridas estão: partes de tratores e veículos especiais (4,4%); adubos (fertilizantes) azotados (3,5%); adubos (fertilizantes) potássicos (3,3%); compostos heterocíclicos (3,3%) e automóveis de passageiros (2,9%).
Seguir