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ALIMENTOS

A nanotecnologia também se aplica aos alimentos

A ciência que manipula os átomos e as moléculas a uma escala nanométrica está cada vez mais presente nos produtos que ingerimos. Reduzir os odores, alterar a aparência ou melhorar a textura dos laticínios são algumas das aplicações que podem ser encontradas na indústria.

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Publicado por ConnectAmericas

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A nanotecnologia é usada em uma infinidade de aplicações, de tecidos livres de odores e alimentos menos perecíveis a métodos terapêuticos contra o câncer. De acordo com o site NanOpinion, lançado pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da União Europeia, a nanotecnologia significa “engenharia a uma escala muito pequena". Um nanômetro é a bilionésima parte de um metro. É como se comparássemos o tamanho de uma maçã com o planeta Terra. A nanotecnologia é aplicada em diversas áreas, incluindo alimentos, agricultura, medicina, tecnologias da informação, comunicação, energia e meio ambiente. 

A nanotecnologia nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis

Atualmente, na indústria alimentar, predomina o uso da nanotecnologia para melhorar o sabor dos alimentos e torná-los menos perecíveis. Além disso, a revista Agro indica que a nanotecnologia começou a ser utilizada na fabricação de pão de forma com ômega-3 procedente de peixe, na melhora da textura de produtos lácteos, como o queijo, e no controle dos odores dos alimentos. Entretanto, nos alimentos processados, está sendo usada para reduzir a quantidade de gordura e sal necessária para sua produção.

Como é uma tecnologia relativamente nova, com pouca informação disponível sobre os efeitos colaterais, é vista com algum ceticismo por alguns cidadãos, governos e ONG. Os detratores dos nanoalimentos argumentam que é necessário realizar mais estudos para confirmar a segurança dos produtos derivados da nanotecnologia antes de comercializá-los a grande escala. De fato, a revista Consumer aponta que, desde 2008, a Comissão Europeia está estudando a possibilidade de regulamentar todas as aplicações da nanotecnologia relacionadas com os alimentos para seres humanos. 

Um artigo da BBC revela que grandes indústrias manifestaram que realizaram seus próprios estudos e pesquisas sobre os efeitos e a segurança das nanopartículas. De acordo com a publicação, a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha afirmou que o problema é a falta de divulgação dos resultados para o público em geral com o objetivo de gerar confiança e transparência na cadeia alimentar.

O futuro dos nanoalimentos

A nanotecnologia na alimentação nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis. O Agro mostra alguns exemplos de nanotecnologias que estão sendo desenvolvidas: sensores para analisar o estado de frescor e estimar a vida útil com precisão, detecção e neutralização imediata de microrganismos patogênicos, aditivos, remédios, toxinas, metais pesados e pesticidas e detecção de alérgenos e fatores antinutricionais. 

Também houve progressos significativos no desenvolvimento de nano-embalagens e nano-etiquetagens, um método de fabricação que utiliza a nanotecnologia que faz com que a embalagem mude de cor quando ocorre qualquer deterioração no alimento. Isso permitirá retirar o produto da cadeia de distribuição antes de chegar às prateleiras e ao consumidor final.

O Agro aponta que, na Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, especialistas estão usando a nanotecnologia para criar alimentos com qualidades medicinais, chamados de nutracêuticos. O termo tem sua origem na fusão das áreas da nutrição e da farmacêutica. Os alimentos nutracêuticos têm a vantagem de poder ser personalizados de acordo com o perfil genético e nutricional de cada indivíduo, liberando as moléculas necessárias e retendo as outras.

Desenvolvimento na América Latina

Na região, existem várias iniciativas de pesquisa na área das nanotecnologias. No México, o “Centro de Investigación y Asistencia en Tecnología y Diseño del Estado de Jalisco” (CIATEJ) é pioneiro no desenvolvimento de nanotecnologias aplicadas aos alimentos. O Informador indica que o objetivo do CIATEJ é preservar as propriedades benéficas existentes nos alimentos e potencializá-las para aumentar o seu valor de mercado. 

Por exemplo, o oxicoco (cultivo estratégico e de alta produção em Jalisco) é comercializado e exportado sem valor agregado. O CIATEJ pretende aumentar o seu valor por meio de nanotecnologias que permitam manipular e potencializar suas propriedades benéficas, como, por exemplo, antioxidantes. Espera-se que, por meio de pesquisas e cursos de capacitação, os produtores incorporem essas novas tecnologias aos seus produtos.

Na Argentina, está sendo desenvolvido o programa NanoPymes, focado em quatro setores: metal-mecânica, agro-alimentar, saúde e eletrônica. O objetivo é convocar pequenas e médias empresas interessadas em incorporar nanotecnologias para melhorar a produtividade e a competitividade. 

A iniciativa se baseia na promoção da cooperação entre o setor acadêmico e as empresas, facilitando a transferência de tecnologia por meio de financiamento de produção, capacitação e workshops. O programa é gerido pelo Ministerio de Ciencia, Tecnologia e Innovación Productiva, financiado em conjunto com um orçamento total de 19.600.000 de euros pela União Europeia e a República da Argentina. 

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