Uma nova medida para fortalecer o comércio na América do Sul promete impulsionar as exportações da indústria de cosméticos de Minas Gerais. Brasil e Chile assinaram a incorporação da Iniciativa Facilitadora de Comércio (IFC) para o setor de produtos cosméticos ao Acordo de Livre Comércio bilateral. A iniciativa, que também abrange produtos de higiene pessoal e perfumaria, visa aprofundar a integração econômica e facilitar o fluxo comercial entre os dois países.
Para as empresas mineiras, o acordo representa uma oportunidade estratégica para expandir sua atuação no mercado chileno. "A medida tem potencial para tornar o comércio bilateral mais dinâmico, previsível e transparente, promovendo o crescimento dos setores envolvidos e garantindo benefícios diretos aos consumidores dos dois países", afirma a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Principais Benefícios para os Exportadores Mineiros
O principal objetivo da iniciativa é simplificar regulamentações e eliminar barreiras técnicas desnecessárias, garantindo ao mesmo tempo os padrões de qualidade e segurança dos produtos. As exportações de cosméticos do Brasil para o Chile, que atualmente somam cerca de US$ 90 milhões por ano, devem crescer com a redução de custos e prazos para a comercialização dos produtos.
Entre os compromissos firmados que facilitarão a vida dos exportadores, destacam-se:
- A não exigência de Certificado de Livre Venda.
- A redução de exigências sanitárias prévias.
- A harmonização das regras de rotulagem e de boas práticas de fabricação.
- O fortalecimento da vigilância de mercado pós-comercialização.
Impacto Estratégico e Segurança Jurídica
Além do estímulo econômico, a iniciativa trará maior segurança jurídica e previsibilidade para as operações de exportação e importação. O acordo também promove a transparência regulatória e o estímulo à sustentabilidade ambiental e à qualidade dos produtos.
Este avanço na cooperação regulatória com o Chile estabelece um importante precedente para futuras negociações em outras áreas e com outros países da América Latina. A negociação, coordenada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contou com a participação ativa do setor privado, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
Para a indústria de Minas Gerais, este é o momento de explorar as novas condições e fortalecer sua competitividade no cenário internacional.
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