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Cuidar do meio ambiente está na moda!

Incentivadas pelos paradigmas de consumo responsável, cada vez mais, as pessoas levam em consideração o impacto socioambiental das roupas que compram. Um novo paradigma de moda sustentável abre mercados e oportunidades para a indústria têxtil da região.

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Publicado por ConnectAmericas

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O consumo responsável é aquele que não só leva em conta a qualidade e o preço dos produtos e serviços que são adquiridos, mas também como são produzidos e o seu impacto ambiental e social, além de valores como comércio justo, ética e cuidado da natureza. A indústria têxtil não é um território alheio a este paradigma. Cada vez mais, empresas, estilistas e pequenos produtores se preocupam em criar roupas de acordo com estas tendências.

A moda sustentável contempla todo o ciclo do produto: desde as matérias-primas até o seu destino final

A moda ecológica ou sustentável contempla todo o ciclo do produto: desde a escolha das matérias-primas, o desenho, a qualidade de vida dos fornecedores, o transporte até a escolha do espaço em que os produtos são exibidos e o seu destino final. Em geral, são roupas mais duráveis devido à qualidade da sua confecção, o que leva a reduzir a frequência de compra. Não inclui apenas roupas confeccionadas a partir de plantações orgânicas, mas também de produtos recuperados, reciclados e vintage. Para a embalagem, estimula-se o uso de sacolas de papel reciclado ou alternativas ecológicas.

De acordo com a declaração oficial das Nações Unidas durante a Cúpula da Terra, em 2002, uma das principais causas da constante deterioração do ambiente são “as modalidades insustentáveis de consumo e produção”, especialmente nos países industrializados. Neste sentido, é necessário que estes modelos insustentáveis sejam revistos e substituídos por modelos de consumo responsável.

A produção têxtil tradicional gera um impacto ambiental significativo, seja pelos materiais utilizados para sua fabricação (náilon, poliéster, rayon, etc.) quanto pelos corantes. A moda sustentável, por outro lado, é oriunda de plantações sem agrotóxicos agressivos para o planeta e que se preocupa com o comércio justo, levando em conta os trabalhadores e evitando produtos de origem animal, ou usando-os de forma consciente.

Com o slogan: “Quem fez a minha roupa?”, o Fashion Revolution Day é comemorado no dia 24 de abril, e seu objetivo é sensibilizar sobre esses novos padrões de consumo e lembrar a tragédia em que 1.133 pessoas morreram e 2.500 se feriram após o desmoronamento de uma fábrica têxtil em Bangladesh.

Existem novas iniciativas e marcas mundialmente conhecidas, como Levi's, Nike e Adidas, que já incorporaram materiais biodegradáveis nos seus produtos ou confeccionam camisas de futebol com PET reciclado. Embora ainda seja incipiente, na região, também existem empresas e estilistas que trabalham com base nestas tendências. A dupla Cavalera e Ronaldo Fraga, do Brasil; Carlos Valenzuela, Isabel Henao, Adriana Santacruz e Kaftan, da Colômbia; Trista, do México; e Meche Correa, Jorge Luis Salinas e Susana Piqueras, do Peru, são alguns dos nomes que aparecem em publicações especializadas.

No Uruguai, na última edição do “MoWeek” (semana da moda em Montevidéu), Dominga estava presente, uma marca que ganhou o prêmio de melhor coleção confeccionada com materiais sustentáveis, na Mittelmoda, Milão. Também foi apresentada uma linha orgânica, feita à mão, “Manos de Uruguay”, uma organização que emprega artesãs de zonas rurais. Por outro lado, na Argentina, grandes empresas como os supermercados Walmart incluíram produtos sustentáveis na sua oferta têxtil.

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